Fazer uma ultrapassagem a um camião longo pode ser uma operação mais complicada e menos segura em certas situações. Com esta preocupação em mente, um grupo de investigadores do Porto está a desenvolver um sistema que permite ver através dos veículos.
Exemplo de como o sistema pioneiro vai funcionar. Foto: FCUP
Com o objetivo de melhorar a comunicação entre veículos e aumentar a segurança rodoviária, o See-Through é um sistema que se aproxima de um espelho retrovisor, mas que permite ver a estrada à frente de um camião ou autocarro que siga à nossa frente.
“Imagine que estou atrás de um grande camião que não me permite ver através dele, tornando difícil e desconfortável a avaliação, por exemplo, de uma ultrapassagem, mas esse camião tem uma câmara de para-brisas orientada para a frente. Eu consigo, através do sistema de comunicação entre veículos que desenvolvemos, ir buscar a imagem dessa câmara no para-brisas do camião e transmitir essa visão ao condutor que vem atrás”, explica Michel Ferreira, docente do Departamento de Ciência de Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).
A equipa de investigação do Instituto de Telecomunicações está a desenvolver a tecnologia com base num sistema de “realidade aumentada em ambiente de condução automóvel suportada por comunicação sem fios veículo-a-veículo”. O resultado é, segundo o investigador, uma tecnologia inovadora que mostra que “é possível fazer a transmissão vídeo entre veículos com um atraso quase insignificante (200 milissegundos), que não afeta em termos de segurança a manobra de ultrapassagem”.
Produzida no âmbito do projeto DRIVE-IN (integrado no Programa Carnegie Mellon Portugal e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia), a tecnologia foi apresentada pela primeira vez em outubro, no International Symposium on Mixed and Augmented Reality (ISMAR), uma das principais conferências científicas em termos de realidade aumentada a nível mundial.
Está de visita ao Porto e quer tirar o melhor partido da cidade: comer uma francesinha, visitar museus e ir a uma festa. Provavelmente, teria de aceder a vários sites para reunir esta informação, mas agora há uma aplicação que faz este trabalho para o utilizador. Chama-se Taggeo e quer conquistar o mercado internacional.
Pesquisar pontos de interesse e rotas turísticas na Taggeo.
Quando surgiu, há cerca de um ano, a Taggeo era uma rede social centrada em mensagens geolocalizadas, ou seja, quando ligávamos a aplicação em determinado local, era possível ver mensagens deixadas por outros utilizadores naquele mesmo local, ou nas proximidades, e deixar novas mensagens. A empresa, incubada no UPTEC, resolveu agora mudar de conceito e alargar as funcionalidades da app.
“Só precisamos de uma app para saber o que se passa à nossa volta”, afirma Tiago Fernandes, CEO da Taggeo. Ou seja, se antes tínhamos várias aplicações turísticas, cada uma centrada num tema, a Taggeo “vai buscar várias fontes e entrega o conteúdo ao utilizador de uma forma personalizada”, explica Tiago.
Nesta nova versão, lançada na semana passada, é possível encontrar pontos de interesse, eventos ou restaurantes em “qualquer parte do mundo” e pesquisar estas informações sobre “qualquer cidade”, garante o CEO da empresa do Porto.
Como é feito este processo? “Todo o processo é automático. Desenvolvemos um algoritmo que vai buscar os dados e os apresenta” de acordo com a geolocalização, responde Tiago Fernandes, referindo que neste momento querem “proteger” este algoritmo de cópias, não fosse esta uma ferramenta valiosa da empresa.
A aplicação disponibiliza também rotas turísticas, sem esquecer a vertente social. Os utilizadores podem continuar a deixar mensagens ou fotografias dos locais por onde passaram, podem fazer recomendações, gostar ou partilhar os conteúdos de outros utilizadores.
Além de disponibilizar informação de forma automática, a Taggeo permite que outras entidades possam inserir locais ou eventos na aplicação. “Já temos tido uma boa adesão de clientes”, avança Tiago, referindo-se a entidades que querem promover locais, venda de rotas online e publicidade.
14 mil utilizadores
A Taggeo conta já com 14 mil utilizadores, em Portugal e no estrangeiro, um número simpático para uma aplicação que usou o “passa palavra” como marketing. Tailândia, Reino Unido, Brasil, Espanha e Itália são alguns dos países onde já se usa a Taggeo para encontrar o que fazer numa cidade.
Mas com tantas aplicações sobre turismo, ainda há espaço no mercado para mais uma? “Tenho a certeza que sim, até por uma razão simples. Existem imensas aplicações que se centram só num tema, a Taggeo condensa tudo e poupa tempo ao utilizador”, explica Tiago Fernandes, sublinhando que uma das prioridades da empresa é a internacionalização.
A nova versão da Taggeo está disponível neste momento para o sistema operativo IOS. Até ao fim do mês, é lançada a versão Android e no fim do ano, a versão para Windows Phone.
O Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto - UPTEC e a CELFOCUS (uma parceria entre a Vodafone Portugal e a Novabase) assinaram esta quarta-feira um acordo que pretende explorar o conhecimento e o capital humano do UPTEC no setor das telecomunicações.
O novo centro de investigação tecnológica nacional e internacional está alojado num espaço de cerca de 500m2, no Polo Universitário da Asprela, e vai desenvolver produtos e serviços para o mercado das telecomunicações.
Aplicações móveis, soluções máquina-a-máquina e integração de aplicações empresariais serão as principais áreas de atividade, apoiando-se na transferência de tecnologia, conhecimento e incorporação de recursos humanos da Universidade do Porto e de outras instituições, principalmente nos campos da engenharia e tecnologia.
As atividades serão desenvolvidas não só pelos alunos das licenciaturas, mestrados e doutoramentos, que beneficiarão do contato com o mercado de trabalho, como pelas start-ups incubadas no UPTEC.
Olá!
Seja bem-vindo. Se chegou até aqui veio à procura de ideias novas, negócios em ascensão e mentes criativas. Este blog é o lado mais visível da parceria entre o Portal SAPO e o UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. Fique mais um pouco e sinta-se em casa :)