Projeto Future Cities já instalou centenas de dispositivos no Porto
O objetivo é "perceber quais são os conjuntos de dados que se consegue com esta rede captar e quem são as pessoas que podem depois extrair conhecimentos destes dados", tendo em vista a melhoria da sua qualidade de vida. "Explorar o enorme potencial destas plataformas" para que seja possível "desenvolver novas soluções de mobilidade sustentável e sistemas de transporte inteligente", por exemplo, são intenções bem definidas. Os primeiros resultados do projeto serão conhecidos na próxima terça-feira, no âmbito da conferência internacional "Future Cities 2014", que decorrerá no Mosteiro de S. Bento da Vitória, no Porto.
SenseMyCity, a "app" que regista o dia-a-dia dos utilizadores
Além dos sensores instalados, o Future Cities conta com uma aplicação desenvolvida para smartphones – SenseMyCity - que permite registar o dia-a-dia dos utilizadores. São várias as experiências que decorrem na cidade, como por exemplo a monitorização das "sensações e emoções" de agentes da Polícia Municipal do Porto.
Nesta experiência o objetivo é analisar os seus níveis de stresse, que energias despendem, o combustível que consomem durante o período de trabalho e/ou por onde passaram. "Esta segunda fase do projeto terminará no final do ano e em 2015 pretendemos lançar a base para a sustentabilidade financeira para estas atividades, garantindo que conseguimos atrair mais investimento europeu e de empresas", sublinhou o cordenador.
Este é um projeto interdisciplinar, que envolve engenharias, urbanismo, psicologia, design, artistas e arquitetos, entre outras áreas, que pretende "tornar o Porto uma cidade ainda melhor e mais dinâmica". João Barros adiantou que o projeto tem sido muito solicitado pela Câmara do Porto, que pretende "utilizar as tecnologias para outros fins".
"Estamos muito satisfeitos por ver que o ecossistema existe e que no primeiro ano do projeto conseguimos criar emprego científico, através da contratação de três novos investigadores doutorados e três técnicos", salientou, acrescentando que, "numa altura em que o Governo está a fazer uma política extraordinariamente danosa para o sistema científico, não deixa de ser muito positivo poder reter algum talento em Portugal".
Agência Lusa